segunda-feira, 24 de outubro de 2011

DOR NA COLUNA PODE SER REUMATISMO



No dia da luta contra o reumatismo (30 de outubro) Into alerta sobre necessidade de diagnóstico precoce e tratamento específico

O reumatismo é uma doença que atinge preferencialmente as articulações e, segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), mais de 15 milhões de pessoas sofrem deste mal em suas diversas formas. E é justamente pelo fato de existirem várias formas de doenças reumáticas que o Into aproveita a data para alertar sobre a necessidade do diagnóstico correto e precoce para um tratamento de sucesso. A dor na coluna pode ser sinal de reumatismo. 

Neste caso, de acordo com a reumatologista do Into Maria Isabel Bordallo, pacientes que sentem dores lombares que se estendem aos membros inferiores devem estar atentos à possibilidade de se tratar de uma doença reumática. Geralmente as espondiloartrites, nome dado a este grupo, atinge mais o sexo masculino, com idade inferior a 40 anos; piora com repouso e melhora com atividade física. E justamente por conta deste perfil, é bem demorado o diagnóstico da doença.  “A pessoa quando sente esta dor recorre a um antiinflamatório ou analgésico e como melhora, pensa que está resolvido”, descreve. No entanto, se o incômodo for constante e durar por mais de três meses, é caso de investigação.

O processo inflamatório persistente pode se estender por toda coluna vertebral e acometer as articulações como coxofemurais, ombros, joelhos, tornozelos e outras. “Sem diagnóstico e tratamento adequado pode haver perda dos movimentos, com necessidade de intervenções cirúrgicas e colocação de próteses articulares”, esclarece. A reumatologista afirma que para evitar a progressão da doença e a necessidade de procedimentos complexos, o paciente não deve tardar a buscar ajuda profissional.


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

PROJETO ESTIPULA 15 MINUTOS PARA O PRIMEIRO ATENDIMENTO

UNIDADES DE SAÚDE



       
Projeto de lei protocolado na Câmara pelo vereador José Crespo determina que as unidades de saúde mantidas direta ou indiretamente pela Prefeitura devem fornecer senhas aos usuários e que estes em até quinze minutos recebam o primeiro atendimento por parte de profissional de saúde.
Nos termos da proposta, as senhas devem estabelecer o horário de chegada do usuário à unidade de saúde, para fins de controle do atendimento dentro do horário estipulado.
Em caso de urgência constatada pelo profissional de saúde que dele tomar conhecimento em primeiro lugar, o projeto de Crespo determina que o paciente deverá ser encaminhado imediatamente ao médico plantonista da área adequada.
A partir do atendimento realizado dentro daqueles quinze minutos, o paciente deverá aguardar o pleno atendimento médico em local adequado dentro da unidade de saúde, em condições de conforto e segurança e já sob a responsabilidade cível e criminal do estabelecimento.
Em termos de punição pelo não atendimento dos usuários em até quinze minutos após sua chegada à unidade de saúde, o projeto estabelece que, se ela for administrada diretamente pela Prefeitura, o responsável pelo não cumprimento do prazo responderá administrativamente com base na legislação municipal vigente.
Se, por outro lado, a unidade de saúde for mantida de maneira indireta pelo município, a inobservância daquele prazo será apenada com multa de R$ 100,00 (cem reais) para cada ocorrência constatada, a ser debitada do próximo repasse financeiro para manutenção do estabelecimento.
Ao apresentar o projeto, Crespo lembrou que em Sorocaba as agências bancárias já são obrigadas, por lei, a fornecer senhas e iniciar o atendimento dos seus clientes em até 15 quinze minutos após sua chegada ao recinto.
O vereador entende que essa obrigação deve se estender às unidades de saúde mantidas direta ou indiretamente pelo Município de Sorocaba, de “onde são freqüentes as reclamações pela demora de atendimento a quem as procura em busca de auxílio médico, situação bem mais estressante do que a enfrentada pelos que, antes do advento da Lei 7.391/2005, irritavam-se com justa razão por esperar às vezes até horas para serem atendidos em estabelecimentos bancários”.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Operação desmantela quadrilha no CONJUNTO HOSPITALAR DE SOROCABA

 

Entre os presos está o atual diretor do CHS, Heitor Fernando Xediek Consani - Por: Fábio Rogério

 

Operação Desmantela quadrilha no CHS

Doze pessoas foram presas entre médicos, enfermeiros, dentistas e até o diretor do Conjunto Hospitalar de Sorocaba
Notícia publicada na edição de 17/06/2011 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 10 do caderno A - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.
Leila Gapy
leila.gapy@jcruzeiro.com.br

Uma quadrilha organizada por diretores, médicos e funcionários do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS) foi desmantelada ontem pela manhã pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Polícia Civil de Sorocaba. Chamada de "Operação Hipócrates" (menção ao pai da medicina), a ação foi iniciada na madrugada de ontem com 37 mandados de prisões temporárias e busca e apreensão em residências e 12 hospitais de Sorocaba, Capital e Grande São Paulo. Ao todo, 12 pessoas acusadas foram presas, apenas uma está foragida - todos médicos, enfermeiros e dentistas vinculados ao Hospital Regional.

Entre os presos estão o atual diretor do CHS, Heitor Fernando Xediek Consani, e os ex-diretores Ricardo José Salim e Antonio Carlos Nasi. A acusação é de que a quadrilha desviava há três anos verbas destinadas aos plantões médicos, com funcionários fantasmas, falsificações de documentos e estelionato, além de favorecimentos de contratos e licitações. Estima-se que mais de 300 mil pacientes da região tenham sido lesados pelo esquema, que possivelmente envolva outros 40 beneficiários, aproximadamente - sendo a maioria residentes em Sorocaba. O secretário de Segurança Pública do Estado, José Ferreira Pinto, acompanhou as ações na cidade. Hoje a polícia deve prosseguir as investigações ouvindo os detidos.

Operação
Segundo o Gaeco de Sorocaba, a investigação foi iniciada em setembro de 2010 após denúncias formalizadas por funcionários do CHS, o que resultou no esclarecimento de crimes atribuídos à quadrilha que estaria agindo dentro do hospital, pelo menos, desde setembro de 2008. De acordo com o Gaeco, a organização criminosa era chefiada pelo ex-diretor do hospital, Ricardo José Salim, e foi herdada por Heitor Consani, que possivelmente teria prosseguido o esquema ao assumir a direção do hospital, em fevereiro deste ano. A acusação é de que a quadrilha desviava as verbas destinadas ao pagamento de plantões a servidores, direcionando-as para beneficiários que, apesar de receber os pagamentos, não cumpriam com as respectivas jornadas de trabalho. As investigações revelaram ainda a existência de funcionários "fantasmas", que supostamente exerciam os plantões, assinados por outros funcionários, o que caracterizou também falsificações e estelionato.

"Isso explica, por exemplo, o atendimento precário divulgado, inclusive, pela imprensa local nesse período. O mal causado por eles é irreparável", disse o chefe do Gaeco, o promotor de Justiça Wellington dos Santos Veloso. Uma segunda vertente das investigações são as suspeitas de fraudes em licitações, com favorecimentos de empresas específicas e compras irregulares, o que acredita-se ter comprometido o atendimento estrutural do hospital, inclusive com a disponibilidade de próteses de materiais precários. "Há provas documentais, ligações e testemunhos de que muitos médicos tinham três ou quatro vínculos empregatícios, o que evidencia a incapacidade de exercer as funções, ao mesmo tempo e em locais diferentes", destacou o promotor.

Prisões
Foram expedidos mandados de prisão temporária também para Célia Chaib Arbage Romani, Marcia Regina Leite Ramos, Tânia Aparecida Lopes, Tarley Eloy Pessoa De Barros, Kleber Castilho, Maria Helena Pires Alberici, Vera Regina Boendia Machado Salim (esposa de Ricardo Salim), Edson Brito Aleixo e Edson da Silva Leite. Apenas Tania Maris De Paiva não foi presa ainda porque não foi localizada. Dentre essas prisões, apenas a de Heitor Consani foi feita em Sorocaba, onde ele reside. Segundo o titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) Sorocaba, José Urban Filho, Consani foi preso em casa, pela manhã, sem resistência. Os demais foram presos, simultaneamente, em suas casas, na Capital. A participação dos envolvidos e suas respectivas funções, na quadrilha, não foram divulgadas.

"Essas prisões foram necessárias para o andamento das investigações", justificou o promotor. Ele acrescentou que há possibilidade de prorrogação no prazo de detenção, de cinco para dez dias, podendo ainda o mandado ser alterado para prisão preventiva por tempo indeterminado. Segundo Veloso, os presos responderão pelo crime de peculato, formação de quadrilha, crimes em licitação, quebra de sigilo da lei de interceptação, tráfico de influência e falsificação de documentos públicos e particulares. "É uma situação chocante. Há gravações que comprovam que muitos médicos não estavam nos plantões de corpo presente, mas recebiam o pagamento", disse o promotor.

Além das prisões, os 24 mandados de busca e apreensão foram feitos em residências e em outros 11 hospitais, situados na Capital e em Itapevi, como Ipiranga e Vila Nova Cachoeirinha, onde o objetivo foi apreender escalas de plantão e controle de ponto dos investigados. Ainda não há estimativa de quanto a quadrilha desviou do hospital, mas segundo a secretária-executiva do Gaeco, a promotora de Justiça Maria Aparecida Castanho, "foram milhões de reais". "Focamos nosso trabalho a partir de setembro de 2008, de acordo com as denúncias e documentos. Mas há contratos prorrogados anteriormente e que deverão ser analisados", afirmou ela. A estimativa do Ministério Público é de que mais de 300 mil pessoas que buscaram pelo atendimento no CHS no período de investigação e possivelmente foram lesadas. "Vamos investigar tudo, inclusive se forem pontuadas mortes ou casos excepcionais de mau atendimento", avisou Maria Aparecida.

Já segundo Veloso, ontem foi cumprida a primeira etapa da Operação Hipócrates, sendo agora a segunda etapa iniciada. "Sabemos que essas treze pessoas comandavam e desenvolviam o esquema. Mas estimamos que outras 40 pessoas estejam envolvidas no caso. A partir de agora faremos uma varredura nos documentos para localizar mais envolvidos; muitos já foram identificados", informou o promotor. Ao menos 20 delegados participaram da ação. O secretário da SSP, José Ferreira Pinto, acompanhou parte dos trabalhos, mas não quis falar sobre o assunto. De acordo com o delegado do GAS, Wilson Negrão, a partir de agora a Polícia Civil, juntamente com o MP, deverá analisar os documentos para formalização das denúncias.
 

terça-feira, 15 de março de 2011

8° Congresso Paulista de Anestesiologia acontece em maio

 Importantes temas como farmacologia, anestesia em transplantes e ecocardiografia intra-operatória serão debatidos no encontro


Entre 26 e 29 de maio de 2011, o Centro de Exposições Rebouças, em São Paulo, sedia a 8ª edição do COPA – o Congresso Paulista de Anestesiologia, promovido anualmente pela SAESP.

O evento promete aos participantes uma atualização científica de qualidade, com a participação de renomados profissionais não só da área anestesiológica, mas também de outras especialidades como terapia intensiva, tratamento da dor e cuidados paliativos.
 “Nosso 8° Congresso visa abranger todas as áreas do conhecimento e de atuação do anestesiologista. É uma ótima oportunidade para um produtivo intercâmbio de ideias na área da medicina”, afirma o dr. Alexandre Slullitel, diretor-científico da SAESP.
 Anestesia venosa; prática baseada em evidências e gestão de qualidade; bloqueio neuromuscular; anestesia para procedimentos video-endoscópicos; cuidados perioperatórios do idoso; eventos adversos; transfusão e hemostasia; controle das vias aéreas e anestesia em oncologia são alguns dos temas presentes na extensa grade científica, que serão debatidos por experientes profissionais vindos de todo o Brasil e também do exterior.
 Já estão confirmadas as vindas de quatro especialistas internacionais: os drs. Bernard Cholley, da França; Enrico Storti, Itália; e os norte-americanos Hendrikus Lemmens e Andrea Kurz.
 “Uma novidade do COPA será a realização de um fórum sobre Cooperativas, na quinta-feira, 26. Também reservaremos um dia para um workshop que reunirá importantes eventos teórico-práticos”, revela o dr. Slullitel.
 “Este ano, a expectativa um aumento de público em torno de 10%, uma vez que estamos proporcionando diversas facilidade aos associados, como a possibilidade de efetuar a inscrição através de cartão de crédito”.
 A área destinada aos expositores será ampliada e outras adequações no geral também serão feitas, como por exemplo, maior número de sanitários, proporcionando mais conforto aos congressistas, palestrantes e empresas parceiras.

APM debate temas atuais da nutrologia

O Departamento de Nutrologia da Associação Paulista de Medicina (APM) promove encontro científico em 17 de março de 2011 para discutir dois relevantes temas da especialidade: o seguimento do paciente pós-cirurgia bariátrica e o desempenho da Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional (EMTN).
 Serão abordadas as dietas e a suplementação do paciente no pós-operatório, além da importância e da atuação da EMTN, grupo que executa, supervisiona e avalia todas as etapas da Terapia Nutricional de hospitais e instituições de saúde.
Conforme a dra. Camila Scalassara Campos, uma das palestrantes do evento e médica nutróloga do Centro de Cirurgia Bariátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), também serão apresentados dados da literatura atual e da prática clínica do Hospital em que atua.
 “É um evento de extrema importância por tratar de tema bastante atual, uma vez que o número de cirurgias bariátricas vem aumentando cada vez mais no Brasil. O bom seguimento dos pacientes é fundamental para o sucesso do procedimento”, afirma dra. Camila.
 Sob coordenação do prof. dr. Julio Sérgio Marchini, docente da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e membro titular da Câmara Técnica de Nutrologia do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP), a reunião também contará com a presença da dra. Carolina Lopes da Silva, médica nutróloga e coordenadora da EMTP do Hospital Municipal de São José dos Campos, Santa Casa de Misericórdia e Pio XII.
 O encontro é destinado a médicos nutrólogos e demais profissionais da saúde ligados à especialidade. A inscrição pode ser feita através do portal http://www.apm.org.br/. Mais informações pelos telefones (11) 3188-4252/4334.


APM - Reunião Cientifica de Nutrologia
Data: 17 de março de 2011
Horário: das 20h às 22h
Local: APM
Endereço: Av. Brigadeiro Luís Antônio, 278 – Bela Vista – São Paulo/SP
Informações e inscrições: (11) 3188-4252/4334 | http://www.apm.org.br/

A anestesia em cirurgias de obesidade

Com a polêmica sobre a proibição da venda de inibidores de apetite, o número de cirurgias bariátricas pode aumentar; saiba os cuidados e riscos da anestesia para estas intervenções


A proposta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de proibir a venda de remédios emagrecedores do mercado brasileiro vem sendo bastante discutida nos últimos dias. De um lado, estão os riscos provocados pela automedicação e exageros no consumo deste tipo de medicamento; de outro, a necessidade de alguns pacientes que sofrem com a obesidade.
 Com a possível suspensão destes remédios, médicos prevêem maior dificuldade para o tratamento da obesidade e consequente aumento no número de cirurgias bariátricas.
 De acordo com o dr. Fernando Antonio Martins, diretor da Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo (SAESP), um dos principais pontos destas cirurgias é a segurança no ato anestésico. “Em algumas situações, a cirurgia bariátrica é acompanhada de anestesia peridural ou raquidiana associada à anestesia geral. As primeiras permitem um consumo menor de anestésicos gerais no intra-operatório e uma boa analgesia no pós, permitindo recuperação mais rápida”.
  O tipo de anestesia, no entanto, é escolhido após criteriosa avaliação do paciente, sempre visando a redução de riscos de intercorrências durante o procedimento. Para isso, são considerados especialmente o estado geral de saúde do paciente e histórico familiar.
 Este tipo de bloqueio, no entanto, apresenta alguns pontos a ser avaliados. “A administração de doses um pouco mais elevadas de analgésicos do tipo opióide, como a morfina, pode levar a dificuldade respiratória”, explica o médico anestesiologista.
 “Por este motivo, parte dos anestesiologistas acaba optando pela anestesia geral associada à administração de medicamentos diretamente na corrente sanguínea”.

Intercorrências

Algumas particularidades são frequentes em pacientes obesos e requerem atenção especial na escolha do anestésico e também no monitoramento destes pacientes durante a anestesia. “Doenças associadas à obesidade, como hipertensão arterial, alterações cardíacas, diabetes e síndrome da apneia do sono são frequentes nestes casos”.
 A apneia, por exemplo, requer cuidado ao fazer analgesia com opióides. “O risco de apneia está presente em 70% a 80% dos casos, por conta dos fármacos que levam à depressão respiratória. Sem a devida atenção, podem resultar em quadros graves de insuficiência respiratória”, adverte.

Segurança

Para ampliar ao máximo a segurança do ato anestésico, é necessária vigilância constante do paciente por profissional habilitado a aplicar uma anestesia, isto é, por profissional que tenha, além da formação médica, especialização em anestesiologia e experiência na área.
 Protocolos da literatura mundial recomendam acompanhamento em UTI pelo menos nas primeiras 24 horas após a cirurgia bariátrica. Caso haja intercorrências durante a operação, medicamentos reversores dos efeitos de opióides devem ser aplicados, sempre sob monitoração intensiva.
 Outro fator imprescindível é a consulta pré-anestésica, realizada pelo médico anestesiologista, que permite ao especialista tomar conhecimento de todas as condições de saúde do paciente.
 “Infelizmente, a maioria dos convênios não valoriza esta etapa, que não é remunerada. É um absurdo, pois é o único momento em que podemos orientar o paciente em relação a exames importantes para o diagnóstico de comorbidades e obter todas as informações necessárias”, afirma.
 Segundo o especialista, o paciente deve estar consciente da importância desta consulta e cobrá-la de sua seguradora de saúde.

Deveres do médico e do paciente

Algumas informações fundamentais devem ser fornecidas pelo paciente no encontro pré-anestésico, como patologias antigas e atuais; medicações das quais faz uso; tempo em jejum; cirurgias e anestesias recentes, além de possíveis intercorrências; histórico familiar em relação a procedimentos cirúrgicos; alergias a medicamentos, alimentos e cosméticos, que por vezes podem provocar reações aos anestésicos, etc.
O uso de álcool, drogas e outras substâncias também é de suma importância, e devem ser reveladas ao médico sem receio.
“Todo conforto, segurança e bem-estar do paciente é contemplado pelo anestesiologista antes, durante e após o procedimento cirúrgico. Mas tudo isso depende também da participação do paciente”, finaliza dr. Fernando.



APM debate fundamentos da oftalmologia em Medicina de Tráfego

O Departamento de Medicina de Tráfego da Associação Paulista de Medicina (APM) promove, em 16 de março, um debate sobre a integração da oftalmologia na Medicina de Tráfego.
 A aula será apresentada pelo dr. Toufic Sleiman, especialista em Oftalmologia pela UNIFESP e em Medicina de Tráfego pela ABRAMET, presidente do Departamento da APM responsável pelo encontro. Ele abordará o exame oftalmológico, além dos fatores que alteram a acuidade visual.
 Conforme dr. Toufic, é extremamente necessário que o médico examinador saiba determinar e interpretar a qualidade da visão do candidato. O profissional também deve ficar atento às pessoas com mais de 50 anos, idade a partir da qual aspectos da acuidade visual começam a se deteriorar.
 “Vale lembrar que a medicina de tráfego ainda não consta no curso de graduação médica, portanto o debate tenta preencher esta lacuna”, alega dr. Toufic.

A inscrição deve ser feita através do portal http://www.apm.org.br/ ou e-mail inscricoes@apm.org.br. Mais informações pelo telefone (11) 3188-4281.


APM | Fundamentos da Oftalmologia para Medicina de Tráfego (módulo I)

Data: 16 de março de 2011
Horário: das 19h às 22h
Local: Associação Paulista de Medicina - APM
Endereço: Av. Brigadeiro Luís Antônio, 278 – São Paulo – SP
Informações: (11) 3188-4281 | http://www.apm.org.br/
Inscrições: inscricoes@apm.org.br



Livro sobre o Fome Zero vai ser lançado hoje dia 15 de Março de 2011

Coletânea em três volumes, com textos de mais de 100 autores, analisa programas responsáveis pela redução da miséria e pela melhoria dos indicadores sociais no País
 
    
   Uma coletânea de textos, entrevistas, artigos, reportagens e experiências de cerca de 100 autores conta a construção, as conquistas, os desafios e o impacto social ao longo dos oito anos de existência do Fome Zero, com ênfase nas evidências de mudança no cenário brasileiro. A Coleção “Fome Zero – Uma História Brasileira” será lançada nesta terça-feira (15), às 18h, no Auditório Wladimir Murtinho, no Palácio do Itamaraty, em Brasília.
Os três volumes foram produzidos pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) com a parceria da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e da Fundação Banco do Brasil (FBB). Contextualizam a realidade brasileira e a trajetória do enfrentamento da fome no 
País, além de abordar aspectos como a implantação do Fome Zero, a mobilização da sociedade civil, o direito à renda, à proteção social e à alimentação, o incentivo à agricultura familiar e a projeção internacional dessa estratégia.
Entre os autores, estão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra Miriam Belchior, os ex-ministros José Graziano, Patrus Ananias e Márcia Lopes. Também há artigos de pesquisadores, gestores e técnicos da área pública e de representantes de organizações da sociedade civil. A publicação foi organizada por Adriana Aranha, ex-assessora do Fome Zero.
Participam do evento de lançamento a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, o presidente da Fundação Banco do Brasil, Jorge Alfredo Streit, além dos autores e colaboradores, representantes do governo e membros de conselhos, embaixadas, organismos internacionais e parceiros do Fome Zero.
SERVIÇO
Lançamento da Coleção “Fome Zero – Uma História Brasileira”
Data: 15 de março (terça-feira)
Horário: 18h
Local: Auditório Wladimir Murtinho – Palácio do Itamaraty – Brasília/DF

Cirurgia de coluna alcança a perfeição tecnológica

Método de neuronavegação aumenta a exatidão dos procedimentos e diminui drasticamente a margem de erro


CURITIBA, 15/03/2011 - Nunca a medicina esteve tão próxima das mais revolucionárias técnicas de implante de próteses, tratamento de fraturas e outras doenças degenerativas da coluna. A neuronavegação é um método de última geração, recém difundido no Brasil, que auxilia o médico a operar áreas de difícil acesso com possibilidades de erro insignificantes. 
 Trata-se de um inovador procedimento de localização espacial para a inserção de parafusos em vértebras. De acordo com o chefe do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Santa Cruz, em Curitiba, Dr. Luiz Roberto Aguiar, “o método consiste em um avançado software que transforma as imagens da coluna, obtidas pelo exame de tomografia, em figuras tridimensionais”, afirma.  “Isso permite uma visualização espacial do local, o que aumenta a precisão da cirurgia e reduz a margem de erro para menos de 0,2 milímetros”, explica.
 Para que o processo de inserção de próteses nas vértebras seja perfeito, o software possibilita a realização prévia da cirurgia no computador, como uma forma de teste. “No momento da cirurgia o sistema já sabe quantos parafusos serão inseridos, qual a profundidade deles e em quais pontos serão colocados”, diz Aguiar. “Esse teste redobra a segurança do procedimento”, garante.
 O curioso da neuronavegação é que o médico a realiza sem olhar para a coluna do paciente. “O neurocirurgião se baseia totalmente no sistema, pois ali estão as imagens tridimensionais de cada uma das vértebras”, afirma o especialista.
 Os benefícios do método são inúmeros. Entre eles, observa-se a redução do tempo cirúrgico, maior precisão na localização das lesões, menor tempo de permanência em UTI e, consequentemente, menores custos. Para o paciente, representa a possibilidade de realizar cirurgias em locais de difícil acesso com maior segurança.
 A neuronavegação do Hospital Santa Cruz é referência em todo o país. Hoje, a instituição é pioneira neste método e consolidou-se como Centro de Treinamento para neurocirurgiões de toda a América Latina.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

MEDICINA PREVENTIVA


Drª Emmanuella Araújo


Drª Lílian Piñero Marcolini

Por Gigi Accioly

Alagoas recebe pela primeira vez empresa de biotecnologia, que faz armazenamento do sangue do cordão umbilical e traz maior segurança aos papais.
Após décadas de estudo, médicos e pesquisadores chegaram à conclusão da importância do sangue do cordão umbilical no tratamento de patologias graves, como a leucemia. Agora, Alagoas recebe pela primeira vez uma empresa de biotecnologia: O BCU Brasil – Banco de Cordão Umbilical, que oferece às mamães alagoanas um formato seguro de preservar células-tronco do seu bebê. Em entrevista, a presidente do Instituto de Pesquisas de Células tronco e consultora técnica do BCU Brasil, a médica PhD em biologia molecular e reconhecida internacionalmente, Lílian Piñero Marcolini, CRBM nº. 0801, fala sobre a importância desta técnica de criopreservação.

Gigi Accioly: Como funciona o BCU?
Lílian Piñero Tem o Banco Central em SP e o grande diferencial do BCU é possuir a franquia de escritórios localizados em todo o Brasil, para dar atendimento personalizado e conscientização aos papais da importância de “não descartar o sangue do cordão umbilical”, independente da realização da coleta.

GA: Qual a importância de armazenar o sangue do cordão umbilical do próprio bebê?
LP: Manter as células mononucleadas (células tronco, monócitos e linfócitos) e quando houver necessidade, ser utilizado para transplante de medula óssea com 100% de compatibilidade.

GA: Qual o procedimento de quem deseja fazer a coleta e o armazenamento do sangue do cordão umbilical na hora do parto?
LP: Os papais devem visitar os escritórios do BCU BRASIL, localizados em todo o país: (www.bcubrasil.com.br) onde receberá o kit coleta o qual deverá ser levado junto com a mala do bebê.

GA: Qualquer pessoa pode ser doadora? Em que período é coletado o sangue?
LP: Sim, quando a mamãe e o bebê estiverem saudáveis, podendo ser realizada no parto normal ou cesárea. O único momento é logo após o nascimento do bebê.


GA: Como é processado o material no BCU depois da coleta?
LP: Após o bebê nascer, o médico ou a enfermeira realizará a punção no vaso sanguíneo do cordão e em 5 minutos coletará, em média, 70 ml depositados na bolsa de sangue, a qual será identificada com o nome do doador e transportada dentro do kit para a nossa central em São Paulo, com total segurança, para ser processado.

GA: Até quantos anos o sangue pode ficar armazenado sem perder a vitalidade?
LP: Até o presente momento temos sangue estocado com vitalidade de 95%, há 22 anos, nos bancos dos EUA.

GA: Por que armazenar o sangue em um banco de coleta particular já que existe banco público?
LP: No banco público a mãe doará para o governo e se precisar, irá para a fila de espera para encontrar um doador compatível na relação de 1:1 milhão de chance, o que pode demorar de meses a anos e no banco privado a entrega é imediata, com 100% de compatibilidade.

GA: Qual a estrutura técnica e tecnológica do Banco de Cordão Umbilical ?
LP: O BCU possui os equipamentos mais modernos do mundo no processo de criogenia de células-tronco, além dos profissionais mais bem preparados. A estrutura técnica é através de consultoria, supervisão, simpósios para a atualização e para sanar todas as dúvidas dos representantes dos escritórios, além de realizarem treinamento periodicamente.

GA: O que mais a senhora poderia acrescentar sobre o BCU Alagoas?
LP: O Escritório BCU – ALAGOAS está disponível para auxiliar todas as pessoas que tiverem necessidade de informação sobre as células-tronco, bem como as terapias já existentes. É muito importante levar para Alagoas a primeira empresa de biotecnologia para a conscientização do alagoano em não descartar o sangue de cordão umbilical.

Serviço: Representante e escritório em Alagoas
Harmony Medical Center, Sala nº 625 ,
Rua Dr. José Afonso de Melo, 68 - Stella Maris.
Tel.: (82) 2126.0800
www.bcubrasil.com.br | al.maceio@bcubrasil.com.br

CALVÍCIE COMO ELIMINAR ESSE PROBLEMA EM HOMENS E MULHERES

Entrevista realizada pela jornalista Gigi Accioly - Direto de Maceió-Alagoas

Um assunto que mais preocupa homens e mulheres é a calvície. Entrevistei a renomada cirurgiã plástica, Dra. Emmanuella Araújo de Oliveira, única especialista do estado de Alagoas em restauração capilar, que esclarece as causas e como eliminar esse problema e, ainda, as vantagens do transplante com os avanços das técnicas cirúrgicas. Um procedimento com resultados surpreendentes e definitivos, além de garantir um visual muito natural e bonito, contribuindo para a felicidade e a autoestima de mulheres e homens, que são os mais atingidos pelo problema.

Gigi Accioly: Qual a causa da calvície?
Emmanuella Araújo: Na calvície Androgenética, a principal causa é genética, multifatorial. Além da genética, alguns fatores hormonais, nutricionais e também alguns fatores locais, como a dermatite seborreicas.

GA: Qual a diferença entre calvície e queda de cabelo?
EA: A queda pode acontecer em algumas situações: por causa do estresse, ciclo menstrual, pós-operatórios de algumas cirurgias, quimioterapia, dietas rigorosas, mas depois das recuperações dessas causas, volta a crescer normalmente. Já na Calvície o cabelo que cai, depois de um tempo não cresce mais e, começa apresentar falhas no couro cabeludo.

GA: Existe uma forma de detectar a calvície com antecedência?
EA: Sim. Pacientes com histórico familiar, quando começam apresentar uma queda acentuada nós já podemos diagnosticar e tratar o problema.
EC Qual a forma mais eficaz para eliminar a calvície?
EA A única forma de repor o cabelo do folículo que já morreu é o micro transplante capilar.

GA: O transplante resolve o problema?
EA: O transplante resolve 100% do problema (em graus iniciais e moderados); em calvície avançada, melhora bastante e tira o estigma da calvície.

GA: Todas as pessoas que sofrem de calvície podem se submeter à cirurgia. Qual a faixa etária?
EA: Depende da área doadora. Se a pessoa tem uma área doadora boa ela pode se submeter, e não existe limite de idade.

GA: Quais os avanços das técnicas cirúrgicas da calvície?
EA: Atualmente, são as megas sessões de microtransplante capilar das unidades foliculares.

GA: Quem se submete à cirurgia ainda corre o risco de ficar com o aspecto de cabelo de boneco?
EA: Não. Hoje, com a nova técnica, conseguimos transplantar um número de fios bem grande, o que proporciona resultados naturais e com uma densidade agradável.

GA: Mulheres também podem fazer o transplante? O procedimento é o mesmo para elas?
EA: A calvície feminina é diferente da masculina. A diferença concentra-se na área da queda e na distribuição dos fios. O procedimento é o mesmo que executamos para os homens.

GA: Qual o tempo de permanência na clínica?
EA: O paciente sai no mesmo dia. Ele entra na clínica pela manhã e sai à tarde. O procedimento é feito com anestesia local e o paciente pode retornar as suas atividades normais em 48 horas.

GA: E o pós-operatório, quais os cuidados?
EA: Evitar sol e esforço físico que leve a suar. Isso por 15 dias. O paciente é orientado a usar um shampoo específico.

GA: Após a realização da cirurgia é feito o acompanhamento do paciente?
EA: Sim. Com aplicação de laser de baixa densidade e o uso de loção tópica para acelerar o crescimento do cabelo.

GA: Em quanto tempo o paciente volta a ter cabelo?
EA: O resultado final da cirurgia é observado após 6 meses. É o tempo para que o folículo transplantado produza o fio de cabelo e este atinja uma altura que dê um volume desejado.

GA: Depois da cirurgia a pessoa pode perder cabelo?
EA: Não. O cabelo que foi transplantado não cai. O tratamento é definitivo.

GA: Deixe uma mensagem para os nossos internautas
EA: É importante salientar que o paciente encare a calvície como um problema crônico, mas que tem tratamento eficiente, simples e seguro. O transplante capilar recupera a autoestima de muitos homens, traz rejuvenescimento e qualidade de vida.







Antes
 
Depois

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Diabetes Tipo 1 saiba todos os sintomas

 

 

Diabetes Tipo 1

Introdução 
O diabetes Tipo 1 (DM1) é uma doença auto-imune caracterizada pela destruição das células beta produtoras de insulina. Isso acontece por engano porque o organismo as identifica como corpos estranhos. A sua ação é uma resposta auto-imune. Este tipo de reação também ocorre em outras doenças, como esclerose múltipla, Lupus e doenças da tireóide.
A DM1 surge quando o organismo deixa de produzir insulina (ou produz apenas uma quantidade muito pequena.) Quando isso acontece, é preciso tomar insulina para viver e se manter saudável. As pessoas precisam de injeções diárias de insulina para regularizar o metabolismo do açúcar. Pois, sem insulina, a glicose não consegue chegar até às células, que precisam dela para queimar e transformá-la em energia. As altas taxas de glicose acumulada no sangue, com o passar do tempo, podem afetar os olhos, rins, nervos ou coração.
A maioria das pessoas com DM1 desenvolve grandes quantidades de auto-anticorpos, que circulam na corrente sanguínea algum tempo antes da doença ser diagnosticada. Os anticorpos são proteínas geradas no organismo para destruir germes ou vírus. Auto-anticorpos são anticorpos com “mau comportamento”, ou seja, eles atacam os próprios tecidos do corpo de uma pessoa. Nos casos de DM1, os auto-anticorpos podem atacar as células que a produzem.
Não se sabe ao certo por que as pessoas desenvolvem o DM1. Sabe-se que há casos em que algumas pessoas nascem com genes que as predispõem à doença. Mas outras têm os mesmos genes e não têm diabetes. Pode ser algo próprio do organismo, ou uma causa externa, como por exemplo, uma perda emocional. Ou também alguma agressão por determinados tipos de vírus como o cocsaquie. Outro dado é que, no geral, é mais freqüente em pessoas com menos de 35 anos, mas vale lembrar que ela pode surgir em qualquer idade.

Sintomas
Pessoas com níveis altos ou mal controlados de glicose no sangue podem apresentar:
• Vontade de urinar diversas vezes;
• Fome freqüente;
• Sede constante;
• Perda de peso;
• Fraqueza;
• Fadiga;
• Nervosismo;
• Mudanças de humor;
• Náusea;
• Vômito

Consultor: Dra. Claudia Pieper – Comitê Editorial do Site da SBD (Gestão 2006-2007)

Fontes: Norwood, Janet W. & Inlander, Charles B. Entendendo a Diabetes – Para educação do Paciente. Julio Louzada Publicações. São Paulo, 2000.
Diabetes de A a Z: o que você precisa saber sobre diabetes explicado de maneira simples. American Diabetes Association. JSN editora. São Paulo

Medicina em Risco

Desiré Carlos Callegari, presidente da SAESP, Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo
Desde 2005 o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) avalia o desempenho dos estudantes do sexto ano de Medicina das escolas médicas paulistas. Em 2010, 43% foram reprovados na primeira fase e 68% não passaram na segunda etapa, uma prova prática que simula situações de atendimento médico.
Mesmo considerando as limitações de um Exame, que é facultativo, a alta reprovação pode ser um indicador de falhas graves no ensino de graduação em Medicina e na formação de novos médicos em São Paulo, que já concentra 30 escolas médicas que formam 2.300 jovens médicos por ano.
Em 2010, chamou a atenção o baixo índice de acertos em especialidades que concentram a solução de muitos problemas de saúde da população. Muitos jovens médicos desconhecem o diagnóstico ou o tratamento adequado de problemas de saúde comuns e de doenças como sífilis, hanseníase e tuberculose. Outros, tiveram dificuldade na leitura de exames como angiografia, raio X e eletrocardiograma.
O Exame do Cremesp, uma proposta inovadora de avaliação externa do ensino médico, dá um recado que precisa ser levado em conta. O ensino médico vai de mal a pior e os atuais mecanismos de avaliação in loco realizado pelas próprias faculdades durante o processo de graduação e o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade/MEC) são insuficientes para provocar as mudanças necessárias.
À qualidade duvidosa de boa parte das escolas médicas brasileiras, soma-se outro problema: brasileiros e estrangeiros formam-se em cursos do exterior  -  em Cuba, Bolívia, Paraguai, dentre outros países -  que não garantem o mínimo de conhecimentos, habilidades e competências requeridos para o exercício da medicina.
Acompanhamos, em 2010, o inédito processo unificado de revalidação de diplomas estrangeiros, uma ação conjunta dos Ministérios da Saúde e Educação, com o apoio do Conselho Federal de Medicina, que sempre defendeu maior isonomia, transparência e padronização no processo de revalidação de diplomas de médico obtidos no exterior.
Mesmo cientes da péssima formação oferecida por essas escolas, ficamos surpresos que apenas dois candidatos, dentre mais de 500 inscritos, conseguiram a revalidação após a análise de equivalência curricular e provas objetiva, discursiva e prática.
Sem diploma válido, emitido por cursos que não se exigem vestibular e cobram mensalidades mais baratas que as escola privadas brasileiras, centenas de recém-formados entram na ilegalidade e muitos chegam a atuar no Brasil, nas regiões de fronteira e periféricas, colocando em risco a saúde da população assistida.
Por isso, ao mesmo tempo em que defendemos uma reforma do ensino médico no Brasil, somos contrários à aceitação automática de diploma estrangeiros e defendemos a manutenção de rigoroso processo de revalidação, além do incremento na fiscalização do exercício ilegal da Medicina em defesa da qualidade à assistência da nossa população.


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Desiré Carlos Callegari, presidente da SAESP, Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo